Lapinha da Serra - MG - Junho/2010

domingo, 2 de janeiro de 2011

Uso de sacola plástica fica proibido em BH a partir de fevereiro


A sacolinha de plástico convencional está com os dias contados em BH. A partir de 28 de fevereiro, entra em vigor a Lei 9.529/08, que proíbe o uso das embalagens que não sejam produzidas de material reciclável ou biodegradável. Sancionada pelo então prefeito Fernando Pimentel, a medida passa a valer para todos os estabelecimentos comerciais da cidade, que terão de oferecer alternativas ecologicamente corretas. Segundo especialistas, o saco de plástico tradicional é um dos grandes vilões do meio ambiente, já que pode levar até 400 anos para se decompor, enquanto os não provenientes do petróleo levam, no máximo, 18 meses para se degradar.

Originária de um projeto de lei do vereador Arnaldo Godoy (PT), a nova lei estabelece que supermercados, padarias, açougues, lojas de roupas e todos que não cumprirem a norma estão sujeitos à multa de R$ 1 mil, aplicada em dobro na reincidência, a cassação do alvará de funcionamento e até a interdição. Alguns supermercados e lojas da capital já aderiram à substituição das sacolas. O superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, porém, ressalta os altos custos da sacola ecologicamente correta. “Enquanto a convencional custa R$0,30, a biodegradável sai por R$ 3.” Para que os preços não sejam repassados ao consumidor, ele aposta na conscientização da população com a adesão da sacola retornável.
Mesmo prestes a entrar em vigor, a lei ainda é desconhecida para muitos belo-horizontinos. Na tarde dessa terça-feira, sob chuva fina e carregando oito sacolas de plástico e uma retornável, a diarista Marlete Soares Moreira, de 43, do Bairro Guarani, na Região Norte, caminhou quase um quilômetro de um sacolão na Avenida Cristiano Machado, onde acabara de fazer compras, até sua casa. “Como é que a gente vai fazer? Só se eu levar uma caixa ou sacola bem maior”, disse Marlete, que, apesar da dificuldade, aprova a medida e disse que vai buscar soluções para acondicionar os produtos.

Diante de um supermercado na Avenida Waldomiro Lobo, também no Guarani, o casal Rosileno e Leni Wanderlei, morador do vizinho Bairro Tupi, põe fé na sacola ecológica para reduzir os problemas. “A lei é necessária e temos que buscar alternativas, mas não sabia que havia sido aprovada. O cidadão deve ter responsabilidade e fazer sua parte”, afirmou Rosileno, de 43, técnico gráfico.

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Já o advogado Adílio Lobão, morador do Bairro Belvedere, mostrou conhecimento da lei. Empurrando o carrinho de compras num supermercado da Zona Sul, que oferece sacolinhas biodegradáveis, ele afirmou que espera que todos os supermercados façam a substituição: “O meio ambiente agradece”. Ao colocar as embalagens no porta-malas do carro, a arquiteta Renata Paranhos Pinto contou que não sabia da regra, mas se declarou “totalmente contra as sacolas de plástico”. O namorado Leonardo Schayer Dias disse que espera maior conscientização dos moradores. “No lugar do plástico, as caixas de papelão”, indicou.

Apesar de bem-intencionada, a lei, na opinião do ambientalista Apolo Heringer, não resolve o problema. “A produção dessas sacolas biodegradáveis também gasta energia e polui o meio ambiente, assim como o transporte e o processo de reciclagem.” Para o especialista, é preciso aprofundar a discussão e investir na educação da população. “Mudando apenas o material, não se muda o mais importante, que é o hábito das pessoas”. Por isso, para Heringer, a melhor solução para o meio ambiente continua sendo a velha e boa sacola retornável, feita de pano ou palha, com durabilidade de até 10 anos.

Pesquisa

A iniciativa de Belo Horizonte parece ter a concordância de grande parte dos brasileiros, já que a pesquisa Sustentabilidade: aqui e agora, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com outras instituições, revelou que 60% das pessoas são a favor de uma lei para proibir o uso de sacolas plásticas. O levantamento feito entre 27 de setembro e 13 de outubro em 10 capitais, incluindo BH. Ainda segundo o MMA, Espírito Santo, Maranhão, Goiás, Paraná e Distrito Federal já têm leis semelhantes que estabelecem a substituição das sacolas plásticas.

Fonte:
Nayara Menezes - Estado de Minas
Gustavo Werneck -
Publicação: 30/12/2010 07:16 Atualização: 30/12/2010 07:26

5 comentários:

  1. se estou na rua e desejo comprar alguma coisa, como poderia carregar uma sa cola de papel na mão, acho que a obrigação é do comerciario providenciar as sacolas biodegradaveis e não do consumidor!

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  2. Oi Anônimo, tudo bem? Talvez vc não tenha entendido direito a proposta. Sim, o comerciário terá as sacolas biodegradáveis disponíveis em seus estabelecimentos, para casos como o que vc citou, entretanto, se vc sair de casa já com a intenção de fazer compra, vc poderá já levar sua sacola retornável de casa!

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  3. Bem pratico!!!nao podemos esquecer que os custos vão para o bolso do consumidor.Que notavel nossos politicos ao inves de procurar soluções de acordo com a evoloção da humanidade,repassam os gastos para o consumidor e nos encaminha pra idade da pedra!onde estão os "cientistas,estudiosos"etc?ja que tem que ser biodegradavel,porque não continuam oferecendo "gratuitamente" como as de plastico?se é que era gratuito.grande evolução!aumentar os custos do povo!quem foi o "genio" que inventou isso?vai ser conhecido como o "politico das sacolinhas"e será sempre lembrado pelo povo.daqui uns dias vão querer que o povo bate uma pedra na outra pra arranjar fogo.quem não quer viver com a evolução e arrajar soluçao sem afetar o povo,que dê o lugar pra outro.

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  4. Qual vai ser a multa da coca cola por enxer os mercados de garrafas pet?Elas tambem vao ser biodegradaveis?estes politicos pensam que o povo é idiota.o povo vai ter que economizar nas compras pra pagar sacola plastica agora!!!

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  5. Penso eu que ainda não é a solução perfeita, mas certas coisas são responsabilidade do povo sim, e acho que ter uma sacola reutilizável para suas compras é mais que obrigação de cada um, mas também não concordo com o repasse de custo das sacolas biodegradáveis para o consumidor.

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