por Juliana Sada
Em janeiro deste ano, a Justiça decidiu pela libertação dos trabalhadores sem-terra acusados de praticar crimes durante a ocupação de uma fazenda pertencente à empresa Cutrale, produtora de suco de laranja. Além disso, o processo foi arquivado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
De acordo com o desembargador Luis Pantaleão, em seu relatório, não havia indícios que ligassem os acusados aos crimes alegados. Além disso, o desembargador citou problemas no processo. A prisão preventiva foi decretada antes do recebimento da denúncia e ainda com a investigação em curso, para o desembargador não havia indícios de que os acusados trariam algum empecilho ao processo. O encarceramento foi baseado também na suposta “imoralidade” dos trabalhadores, acusação que não sustenta a prisão preventiva.
Já o processo foi trancado por inépcia da denúncia, ou seja, por não possuir os requisitos legais para instauração de um processo.
A ocupação
Em setembro de 2009, cerca de 250 famílias ocuparam uma fazenda pertencente à Cutrale, para denunciar a grilagem de terras pela empresa. De acordo com o MST, a área ocupada pertence à União e a Cutrale estaria se apropriando ilegalmente da terra. A ocupação durou doze dias, entre 28 de setembro e nove de outubro, e terminou por ordem judicial.
O episódio teve intensa repercussão na mídia, sobretudo por conta da derrubada de pés de laranja da fazenda pelos manifestantes, como forma de protesto.
Fonte: mensagem recebida por e-mail.
Palavras minhas:
Onde está a grande mídia agora? Não farão um estardalhaço com essa notícia? Assim como fizeram ao acusar injustamente os trabalhadores sem terra? O povo então, 'soube' naquela época, por quase todas as emissoras de TV e rádio, pela internet, pela mídia escrita, que aqueles trabalhadores sem terras haviam DESTRUÍDO uma fazenda produtiva. Agora que foram inocentados das acusações, ninguém colocará sua carinha limpa para contar ao mesmo povo que aquilo tudo não se tratava da verdade? Bom, muito bom, posso veicular em todos os tipos de mídia só o que for do meu interesse! Ops, não, eu não, não tenho esse poder em minhas mãos... uma pena...
Alecsandra Cunha
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