Lapinha da Serra - MG - Junho/2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Chuvas no Rio de Janeiro

Ao receber essas notícias das chuvas na Região Metropolitana do Rio e tentar ter noção de toda a tragédia, penso: onde estão os programas de Reforma Agrária no país, onde está a divisão de terras no campo que foi prometida em campanha do Lula? Até quando teremos que conviver com essas situações? Defendo a reforma agrária neste momento por acreditar que ela seria capaz de conter grande parte da população do campo que potencializa o fluxo do êxodo rural que enche os grandes centros, e, tem como uma de suas consequências a ocupação de morros e áreas de risco, por pura falta de opção daquelas pessoas. A geografia e geologia da RMRJ é clara, formada por embasamentos cristalinos e grandes pacotes pedológicos, que se encharcam facilmente com as águas das chuvas, não tem estrutura para aguentar o volume pluviométrico que se apresenta nos últimos dias na região, isso é um fenômeno natural, aconteceria de qualquer forma; o que não é natural é a ocupação dessas encostas por uma população de baixa renda que não possui condições dignas de moradia. Se penduram casas umas sobre as outras em lugares que jamais poderiam ser ocupados, nem mesmo seus entornos, mas o que fazer? É na verdade, uma consequência das tradicionais raízes agrárias brasileiras no âmbito de suas distorções socioeconômicas, segregações socioespaciais. assim como as opções poliíticas que constroem e reconstroem o espaço brasileiro, fazendo dele uma máquina de reprodução do capital sem se atentar para as consequências de tais opções políticas.

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